Operação “Krampus” em São Paulo teve duração de várias semanas e deve apreendeu centenas de toneladas de mercadorias irregulares, com valor que pode chegar a R$ 1 bilhão
A Receita Federal deflagrou em uma manhã de segunda-feira (7/11/2022), na cidade de São Paulo, a Operação “Krampus”. A ação fazia parte da cooperação entre a Receita Federal, a Prefeitura Municipal e a Guarda Civil Metropolitana de São Paulo. A ação teve duração de várias semanas e apreendeu centenas de toneladas de mercadorias irregulares, com valor que poderia chegar a R$ 1 bilhão. Tratava-se da maior operação já realizada pelo órgão no combate à venda de produtos introduzidos ilegalmente no Brasil.
A operação ocorreu na região central da capital paulista, que era na época um dos principais polos de comércio de mercadorias irregulares, fruto de contrabando, descaminho e falsificação. Além de atender à demanda local, dessa região saíam mercadorias irregulares que abasteciam todo o Brasil, gerando um prejuízo de bilhões de reais por ano com sonegação de impostos e concorrência desleal. Além do aspecto fiscal, também havia reflexos em outros crimes, como lavagem de dinheiro, corrupção, trabalho escravo e danos à saúde pública.
A Prefeitura de São Paulo apoiou a ação por meio da Guarda Civil Metropolitana e de equipes de remoção das mercadorias, e fiscalizou as condições de funcionamento dos estabelecimentos, do ponto de vista de alvarás e de segurança, dentre outros aspectos. Aqueles que estavam irregulares poderiam ser interditados.
Participaram da ação 40 servidores da Receita Federal, 50 guardas civis metropolitanos e 90 integrantes das equipes de remoção das subprefeituras da Sé e da Mooca.
Krampus – que deu nome à operação – era uma figura mitológica que teria surgido no folclore da Europa Central, provavelmente derivada de um deus cultuado nas tradições pagãs. De feições assustadoras, Krampus acompanhava São Nicolau na noite de Natal, punindo as crianças más, enquanto o Bom Velhinho se ocupava em recompensar aquelas de bom comportamento.