Em ação conjunta, a Receita Federal e a Polícia Federal deflagraram, no dia 20 de setembro, a Operação EMBOABAS. O objetivo principal da operação é desmantelar uma organização criminosa acusada de adquirir ouro extraído de áreas onde a mineração é proibida. O grupo, depois, declarava fraudulentamente que o metal havia sido obtido de áreas legalizadas para garimpo.
Uma das descobertas mais surpreendentes durante as investigações foi que o principal alvo da operação utilizava um cidadão austríaco, que posteriormente se naturalizou brasileiro, para legalizar o ouro. Este indivíduo alega possuir mais de R$ 20 bilhões em barras de ouro armazenadas em um território autoproclamado por ele como país independente.
Como parte da operação, foram expedidos 4 mandados de prisão preventiva e 48 mandados de busca e apreensão em cidades distribuídas em diversos estados, incluindo Boa Vista, Pacaraima, Normandia, Manaus, Adrianópolis, Anápolis, Campo Lindo de Goiás, Tucumã, Santa Maria das Barreiras, Ourilândia do Norte, Ilha Solteira, Uberlândia e Areia Branca. Medidas cautelares adicionais também foram tomadas para garantir a eficácia da operação.
Outra ação significativa foi a ordem judicial que autorizou o sequestro de bens avaliados em mais de 1 bilhão de reais, reforçando a gravidade e a extensão das atividades ilícitas praticadas pelo grupo criminoso.
Os envolvidos nesse esquema poderão ser indiciados por uma série de crimes, incluindo usurpação de bens da União, organização criminosa, lavagem de dinheiro, extração ilegal de ouro, contrabando, falsidade ideológica, receptação qualificada, entre outros.
A operação EMBOABAS destaca a incessante busca das autoridades brasileiras em combater atividades criminosas e garantir a aplicação da justiça, protegendo os recursos e bens nacionais de ações ilícitas.