Os Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil completam 33 dias de greve com uma série de ações significativas que incluem atos públicos, renúncia coletiva de conselheiros do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) e operações-padrão em importantes pontos aduaneiros do país. A paralisação, que teve início em 20 de novembro, segue firme após a decisão tomada em Assembleia Nacional no dia 20 de setembro.
O movimento grevista, que já organizou oito atos públicos em diferentes Superintendências Fiscais, ganhou um novo ímpeto com a entrega de um manifesto por parte dos Auditores-Fiscais titulares e adjuntos das Delegacias e Alfândegas do Brasil. A greve foi estendida às atividades de gestão, com dezenas de Auditores das Delegacias de Julgamento (DRJs) da Receita Federal assinando um documento em apoio aos membros do Carf, que apresentaram uma carta de renúncia coletiva de seus mandatos. Até o momento, diversas DRJs oficializaram o apoio, com mais adesões previstas nos próximos dias.
A escalada da greve se acentuou com a renúncia em massa de Auditores-Fiscais que exerciam cargos no Carf, formalizada através de uma carta entregue ao colegiado e ao Ministério da Fazenda. A ação simboliza o descontentamento com o não cumprimento de acordos firmados pelo governo com a categoria. Mais de 100 Auditores das 7ª e 8ª Regiões Fiscais renunciaram aos cargos de chefia como forma de protesto, seguidos por colegas da 5ª Região Fiscal.
Em Porto Alegre, os Auditores-Fiscais deram um passo adicional na luta, realizando uma operação-padrão no Aeroporto Salgado Filho, o que resultou em intensificação das atividades de fiscalização e longas filas no desembarque internacional. Dão Real, diretor de Relações Internacionais e Intersindicais do Sindifisco Nacional, e outros representantes da mobilização acompanharam a operação, que foi descrita como um marco importante para acirrar o movimento.
A greve dos Auditores-Fiscais, que já afeta diretamente a rotina aduaneira do país, promete continuar escalando até que suas demandas sejam atendidas pelo governo. A categoria se mantém unida e determinada a transformar seu pedido em uma exigência incontornável para as autoridades.
(Nota completa da DS/Porto Alegre disponível aqui)