Por Foch SimãoPublicado há 35 minutos em 23 de janeiro de 2024
A recente decisão do governo federal de considerar a limitação das deduções de saúde na declaração do Imposto de Renda suscita preocupações significativas, especialmente para a classe média brasileira. Essa medida, aparentemente voltada para aumentar a arrecadação em vista das eleições de 2026, pode ter implicações profundas na economia das famílias.
Essencial para a qualidade de vida, a saúde representa um dos principais investimentos das famílias brasileiras. Limitar as deduções neste setor não só dificulta o acesso a serviços de saúde de qualidade, como também impõe um ônus adicional sobre a classe média, já pressionada por uma elevada carga tributária indireta. Tal medida pode reduzir sua capacidade econômica, afetando não apenas investimentos em saúde, mas também em outros setores vitais.
É crucial que a administração atual reflita sobre os impactos sociais dessa proposta. Alternativas para a geração de receita, que não comprometam a saúde e o bem-estar da população, devem ser exploradas. A qualidade de vida dos cidadãos deve permanecer como uma prioridade inabalável, distante de influências políticas ou eleitorais.
O governo Lula, que ascendeu ao poder em 2022 com promessas de justiça tributária e apoio social, parece agora desviar-se desses princípios. Atacando a capacidade econômica da classe média – um setor que lhe proporcionou significativo apoio eleitoral – o governo não só falha em sua promessa de equidade fiscal, mas também impõe desafios adicionais a um grupo já sobrecarregado.
Este posicionamento não apenas contraria o ideal de justiça tributária, mas também desestabiliza a base da economia nacional, afetando a geração de empregos e a capacidade de consumo dos cidadãos. Imposições fiscais adicionais sobre a classe média, que já contribui significativamente e possui limitada mobilidade econômica, não são justas nem equitativas.
Diante disso, a administração federal deveria se empenhar em ampliar o apoio social e promover políticas benéficas para todos os brasileiros. A justiça tributária precisa ser tratada com seriedade, buscando um equilíbrio e uma distribuição de encargos de maneira justa e proporcional, em vez de ser vista apenas como uma ferramenta para remediar um déficit fiscal.