Brasília, 04 de abril de 2024 – Em um encontro significativo que ocorreu ontem, José Lopez Feijóo, secretário de Relações de Trabalho, dialogou com importantes representantes dos servidores públicos federais, marcando uma tentativa do governo de alinhar expectativas e sanar descontentamentos dentro do setor. A reunião, que contou com a presença de membros do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) e do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas do Estado (Fonacate), trouxe à tona as principais reivindicações e preocupações da classe em relação à remuneração e benefícios.
O cenário atual para os servidores federais é de incerteza, com o governo mantendo firme sua posição de não realizar ajustes no vencimento básico para o ano corrente. A única concessão sinalizada diz respeito à formalização de reajustes nos benefícios, como saúde, alimentação e creche, previstos para maio deste ano. Esta medida, entretanto, não é vista como suficiente pelos representantes dos servidores, que reivindicam um reajuste anual, conforme prevê a constituição.
A situação é particularmente tensa para os Auditores-Fiscais, representados pelo diretor de Assuntos de Aposentadoria e Pensões, Roberto Kasai, durante o encontro com o Fonasefe. A categoria se mostra inflexível quanto à aceitação de um reajuste zero em 2024, ressaltando o direito constitucional ao reajuste anual.
Diante do impasse e das crescentes tensões, uma reunião extraordinária da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP) está prevista para acontecer na próxima semana. Convocada pelo Ministério da Gestão e Inovação (MGI), a expectativa é que essa reunião traga uma nova proposta do governo, na esperança de chegar a um consenso que apazigue os ânimos e atenda, ao menos em parte, às demandas dos servidores públicos federais.
Com os olhares da nação voltados para este encontro, o resultado da negociação pode definir o rumo das relações entre o governo e os servidores públicos nos próximos meses, com implicações significativas para a gestão pública e para os serviços oferecidos à população brasileira.
Por: Arthur de Souza