Investigação revela esquema bilionário de sonegação fiscal envolvendo empresas de fachada em São Paulo e Santa Catarina
Por redação, 11 de maio de 2024
Em uma ação conjunta, a Receita Federal, a Secretaria Estadual da Fazenda e os Ministérios Públicos de São Paulo e Santa Catarina desencadearam uma grande operação contra a sonegação fiscal na manhã desta quinta-feira, 9 de maio de 2024. A operação, denominada Metalmorfose, cumpriu 39 mandados de busca e apreensão em diversas cidades dos dois estados, visando desmantelar um esquema de emissão de notas fiscais fraudulentas que resultou em um prejuízo estimado em mais de R$ 2 bilhões aos cofres públicos.
O epicentro das ações foi uma fábrica da empresa Aptiv, localizada no Vale do Paraíba, na cidade de Jambeiro, São Paulo. A Aptiv, conhecida por sua produção no setor de cobre, foi um dos principais alvos da operação devido a suspeitas de participação no esquema fraudulento que, segundo as investigações, emitia notas fiscais frias entre 2018 e 2020, alcançando o montante de R$ 17 bilhões.
Durante a operação, equipes da Receita Federal, apoiadas pelo Batalhão de Ações Especiais da Polícia Militar e funcionários da Secretaria da Fazenda, foram vistas na empresa desde as primeiras horas da manhã. Apesar da presença das autoridades, as atividades na fábrica não foram interrompidas, e os funcionários continuaram suas operações normais.
Detalhes específicos sobre itens ou documentos apreendidos ainda não foram divulgados, em respeito ao sigilo fiscal que protege as informações individuais das empresas investigadas.
Esquema em Três Níveis
A investigação detalha que o esquema operava em três níveis estratégicos, utilizando empresas de fachada para a emissão de notas fiscais fraudulentas. Estas empresas, aparentemente regulares, eram usadas para encobrir a movimentação financeira ilegal e assim, evitar o pagamento de impostos devidos.
A operação Metalmorfose representa um esforço significativo das autoridades fiscais e judiciárias no combate à corrupção e à sonegação fiscal, crimes que afetam diretamente a arrecadação do Estado e, por consequência, a oferta de serviços públicos à população.
A Rede Vanguarda tentou contato com a Aptiv para obter um posicionamento oficial, mas até o momento da última atualização desta reportagem, a empresa não retornou as chamadas.
Este caso continua em desenvolvimento e mais informações serão divulgadas conforme as investigações avançam e novos dados forem sendo liberados pelas autoridades competentes